Um homem comete um crime por razões ideológicas de classe. Seu julgamento converte o tribunal numa arena de absurdos onde juízes, advogados, testemunhas e atores mostram diversas versões do crime em que verdade e mentira se misturam para revelar a crise da representação teatral. É também uma paródia à espetacularização dos chamados “julgamentos do século”, que fazem do fato uma ficção e transforma as pessoas em personagens de dramas e comédias.
O texto é escrito e dirigido por Luiz Marfuz e tem como ponto de partida uma fábula de Brecht. São 42 personagens e 17 atores em cena, todos formandos do curso de interpretação da Escola de Teatro de Universidade Federal da Bahia. Eles dialogam com as estratégias do teatro épico e outras formas cênicas, como a farsa, a tragicomédia, a música brechtiana e o teatro coreográfico, revisitadas à luz da contemporaneidade.
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